domingo, 26 de abril de 2009

As Sete Fases da Vida Humana e a Educação da Criança

Por: Wilson Dias*

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” – Provérbios 22: 6
Antes do dilúvio, o ser humano era semelhante ao homem hodierno; o que fazia a diferença era sua altura que atingia cerca de quatro metros, e também o tipo de alimentação (era o regime vegetariano), que tornava os antediluvianos em uma raça longeva. Cada fase da vida humana, antes do dilúvio bíblico, compreendia um período celular de 100 anos, enquanto o período celular do homem hodierno é de apenas sete anos. Diante disso, enquanto vivemos em pleno vigor, sem rugas nem canseira física, até aos 49 anos, os antediluvianos atingiam 900 anos ainda com muito vigor.

Até um pouco antes do dilúvio, no período compreendido de 4004 a 2348 antes de Cristo, o homem não usava a carne de animais como alimento; se alimentava exclusivamente de vegetais, sementes oleaginosas, frutas e cereais. Com isso, os habitantes do mundo antigo morriam “fartos de dias”, sem nenhuma enfermidade. Por conta do hábito de comer carne de cadáveres, o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho e na extensão de anos, isto depois do dilúvio, conforme gravura abaixo.

O gênero humano antes e depois do alimento cárneo

Método Simples e Eficaz de Educar a Criança

O ser humano tem sete fases celulares de sete anos cada, as quais exercem sobre o corpo do homem influências no comportamento bio-físico-social, psíquico e espiritual. Essas fases envolvem células vitais, psiquismo e comportamento físico, mental e espiritual, e começam desde o nascimento da criança até ao quadragésimo nono ano de vida. Essas fases da vida humana são distintas e complexas, que fogem ao estudo científico da educação, principalmente porque a ciência não sabe explicar sobre a relação existente entre o desenvolvimento celular e intelectual, a saber, a inter-relação do físico e o psíquico.

Método Simples e Eficaz de Educar a Criança - Certo palestrante chamou a atenção da Sociedade bonfinense, alertando que os pais estão atualmente terceirizando seus filhos, confiando a criação e a educação das crianças às creches e às escolas infantis. Em minha opinião, as crianças deveriam ser encaminhadas a uma instituição de ensino somente após completar oito anos de vida.

As primeiras letras do alfabeto como também os primeiros números da matemática e outros assuntos de valor, incluindo dietética, deveriam ser ensinadas às crianças, no lar, pelos pais, que também deveriam dar orientações básicas sobre ética, obediência, respeito e religião, envolvendo o temor ou reverência ao Deus Altíssimo. Para a criança assimilar essas coisas, os pais devem abrir a Bíblia e o livro da Natureza, mostrando para elas a importância do exercício físico, além do ar puro, da luz solar e da água na vida dos seres vivos, envolvendo gente, bicho e vegetais. Também, despertar nos filhos a necessidade de amar, cuidar da própria saúde, proteger os animais e preservar a criação de Deus.

Dentre as lições a serem ensinadas às crianças, o estudo da fisiologia digestiva deverá ocupar o primeiro lugar na educação infantil. Quem aconselha é a escritora norte-americana, Ellen White. As crianças, portanto, só deveriam ingressar em uma escola depois de aprender tudo isso que acabamos de propor, além da leitura e a escrita.

Como Conquistar os Filhos - A criminalidade infanto-juvenil, os homicídios, a prostituição, a falta de respeito à vida, aos pais e às autoridades, além dos vícios e o tráfico de drogas, como também, a farmacodependência, a pobreza e a evasão escolar são frutos de uma educação mal direcionada, em particular o descaso dos pais e educadores. Se cada pai, ao invés de confiar seus filhos a uma babá, ou encaminhar a uma creche ou a uma escola de jardim da infância, assumisse a educação das crianças, abrindo para elas a Bíblia e o livro da Natureza, e também, ensinando a orar ao deitar e ao despertar, o mundo seria bem diferente.

Os pais devem ser amigos dos filhos e, com eles, sorrir, brincar, aconselhar e conversar sobre assuntos diversos. Se comportando como um “palhaço” para conquistar a confiança e a amizade dos filhos, os pais salvaguardariam a conduta destes, protegendo-os dos traficantes e do revés da vida, do que aqueles que agem como um “policial”, punindo seus filhos quando estes erram. Às vezes, alguns pais exigem e cobram dos filhos o respeito e a obediência que nem mesmo eles dedicaram aos seus progenitores quando ainda jovens.

Diante desse conceito, na minha passagem pela Faculdade de Pedagogia, da Uneb, em Juazeiro, propus à comunidade pedagógica admitir a criança na escola somente a partir do oitavo ano de vida. Entendo que a educação básica, de zero aos sete anos, deve ser de inteira responsabilidade dos pais e não do Governo nem dos educadores. Para o leitor entender melhor sobre minha proposta pedagógica voltada para a educação da criança a partir do oitavo ano de vida, segue abaixo a explicação das sete fases da vida do ser humano. Êi-las:

A Primeira Fase da vida humana

Essa primeira fase do comportamento físico-psíquico da criança compreende de zero a sete anos de vida. Nessa fase, a criança tem células e organismo complexos; é a fase de desenvolvimento das células cerebrais, como também das células vitais do corpo. Neste período de vida, até o sétimo ano, a criança tem total confiança nos seus pais. É nessa fase que deve acontecer a educação básica da criança, tendo como escola o próprio lar. Com seus pais, normalmente a criança aprende a falar, andar, comer, obedecer, respeitar e amar a Deus, aos próprios pais e aos demais semelhantes. Também, ainda com os pais, a criança pode aprender a odiar, desrespeitar a Deus e aos seus semelhantes, mentir, fumar, tomar bebidas alcoólicas, se prostituir, roubar, furtar e cometer outros males que atualmente afligem a humanidade. Nessa fase da vida a criança pode ser um produto do meio; ela aprende tudo com seus pais e imita o comportamento deles, como também dos seus irmãos maiores.

A Bíblia diz que a educação básica da criança foi confiada aos pais, e não aos educadores. Lemos muitos conselhos a respeito em Provérbios de Salomão, onde, no capítulo 22, verso 6, faz a seguinte recomendação: “Ensina a criança no caminho em que deve andar”. Outro trecho bíblico diz: “Corrige o teu filho, e este te dará descanso” (Prov. 29: 17). Em Deuteronômio 6, Deus recomendou ao povo hebreu, por meio de Moisés, se esmerar na educação dos seus filhos, aconselhando-os quando estiver assentado, em casa, e andando pelo caminho, como também, ao deitar, e ao despertar. Os pais devem aproveitar todo o tempo possível para educar a criança com ensinos práticos e aconselhamentos, preparando-a não somente para a vida como também para a eternidade.

A criança, nessa primeira fase da vida, de zero a sete anos, necessita constantemente de carinho e do apoio afetivo de seu pai e de sua mãe. Os pais devem reservar todos os dias um pouco de tempo para brincar com seus filhos, e também aconselhá-los, discutindo seus pequenos problemas e estabelecendo normas. Ainda que proteste, a criança compreende e aceita as normas estabelecidas pelos seus pais. A criança aprecia ser aconselhada, não importa a idade que tenha. O que ela não quer mesmo é ser tratado com violência, ou grosseria; isto a deixa revoltada.

O Exemplo – Outra forma de educar a criança é ensiná-la por meio do exemplo. Sua maneira de ser, agir e pensar, como também suas ações, ensina a seus filhos o que é certo e o que é errado. As crianças estão sempre prontas a imitar os seus pais e professores, em tudo. Por isso, eu acredito que a criança é produto do meio, embora os educadores discordem disso.

Quando a criança é encaminhada muito cedo à escola, antes de completar oito anos de idade, ela vai aprender coisas do mundo exterior, moldando um caráter deficiente. Normalmente, na escola ou em uma creche, a criança aprende a proferir palavras torpes ou palavrões. Muito cedo ela pode também despertar para certos vícios e vaidades, principalmente se a professora é fumante ou usa batom aberrante nos lábios, unhas pintadas, ruge, argolões nas orelhas, decotes mostrando os seios e mini-saia. A criança, pela sua inocência, vai imitá-la e, por essa razão, pode se perverter ou seguir o mau exemplo da educadora, achando que, por tratar-se de uma pessoa adulta, deve ser espelhada para ser o seu modelo de vida.

A Segunda Fase

Até o oitavo ano de vida, pela sua inocência, a criança é parte do reino dos céus (Mat. 18: 1-5; 19: 14). Ela passa a fazer parte do reino deste mundo somente quando completa oito anos. De zero ao sétimo ano, a criança é um ser inocente perante Deus, ou seja, é parte integrante do reino dos céus, como falou Jesus. Nessa fase, ela é regida pelo instinto e pela magia da Natureza, como os animais. Aliás, as crianças imitam os animais, dormindo cedo e, se espreguiçando como o gato e o cachorro, quando despertam. Ela perde essa prática de vista no dia em que completa oito anos de vida, quando perante o tribunal divino passa a responder pelos seus próprios atos.

A segunda fase da vida compreende o período de 7 a 14 anos. As células vitais desse segundo período não são as mesmas do primeiro; elas são totalmente diferentes. Essa mudança contribui para transformações radicais no comportamento do juvenil. Nessa fase, o juvenil não vê mais os pais como seus super-heróis. Essa transição da fase de criança para juvenil, na maioria das vezes leva o jovem a acreditar mais nos seus professores.

A fase da educação básica passou; termina quando a criança completa o oitavo ano de vida. Este é o período em que a educação escolar deve ser intensificada, pois a condição de super-heróis que era atribuída aos pais, o infante transfere para seus educadores. Por essa razão, os professores devem ser conselheiros acima de tudo, e como estão sendo vistos pela criança como substitutos dos pais, os professores devem dar um bom exemplo, transmitindo lições de vida que possam ajudar na formação do seu caráter.

A Terceira Fase

Nessa fase da vida humana, que compreende a adolescência, de 14 a 21 anos, o jovem experimenta várias transformações corporais, metabólicas e comportamentais. Esse período é chamado de “Anos Dourados”. Para os adolescentes, “o negócio é curtir a vida”. Ao atingir a adolescência, tanto o rapaz quanto a rapariga, tornam-se rebeldes, e não rendem obediência aos pais nem aos professores. Todo o respeito e consideração são transferidos aos amigos, e nada mais. Esta é a fase mais delicada da vida, pois é neste período que os jovens ficam mais vulneráveis às drogas, à prostituição e à marginalidade infanto-juvenil.

Os pais e professores devem ser maleáveis quanto ao tratamento dispensado aos jovens que estão nessa fase da vida, visto que, eles têm tendência de tomar decisões precipitadas e até radicais, principalmente se sofrerem maus tratos da parte dos progenitores. Conselhos, diálogo e amizade são as armas que devem ser usadas pelos pais e educadores. Mesmo o jovem não concordando, mas, nós, pais e professores, devemos alertá-los do perigo de acompanhar-se de certos elementos que usam drogas ou tenham uma vida pregressa sob suspeita.

O jovem deve ser mais inteligente, e atentar ao adágio popular que diz: “Diga com quem tu andas e eu direi quem tu és!”. Por ser uma fase delicada, os pais têm obrigação de saber aonde seus filhos andam, e com quem saem, principalmente quando se trata de adolescente do sexo feminino.